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Para presidente do Crea-PB, queda de barragem em Mariana impacta todo país

A queda da barragem em Mariana, Minas Gerais, continua mostrando suas consequências desastrosas. A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou ontem que ao menos 900 hectares de flora foram dizimados no estado em razão do rompimento da barragem de rejeitos de minério da Samarco – empresa controlada pela Vale e pela BHP – em Mariana, no início do mês. A área equivale a 900 campos de futebol.

Para Giucélia Figueiredo, presidente do Crea-PB, a tragédia é nacional e todos os estados devem atentar para a sua realidade interna com o objetivo de evitar que desastres dessa magnitude se repitam em outras regiões do país. Ela lembra que na Paraíba, em 2004, a barragem de Camará, que fica entre os munícios de Alagoa Nova e Areia, se rompeu. A tragédia atingiu cinco cidades e matou quatro pessoas. “Não podemos permitir que fatos como esses voltem a afetar a vida de milhares de famílias. Além disso, o dano ambiental é incalculável”, comenta.

A presidente do Crea também ressalta a importância da figura do engenheiro neste contexto. “Essas barragens são obras de engenharia e não podem, em momento algum, deixar de serem construídas e monitoradas por estes profissionais. Trata-se de uma responsabilidade enorme”, afirma.

Consequências

Além dos 900 hectares de flora dizimados, o desastre em Mariana também atinge fortemente a fauna que vive no Rio Doce e ao longo de suas margens. Calcula-se que cerca de 8 toneladas de peixes já tenham morrido. Segundo a Ministra do Meio Ambiente, só  quando terminar o período de chuvas, será possível ter uma avaliação concreta do fim do acidente e avaliar quais são as medidas efetivas, além das emergenciais, para restauração do Rio Doce.

Ao todo, 15 cidades foram atingidas pela lama e rejeitos das barragens. Em Governador Valadares, maior cidade da região do Vale do Rio Doce e que dista 300 km de Mariana, a situação é de calamidade pública. A mancha mais densa de resíduos ainda passa pelo município, preocupando moradores, revoltando comunidades ribeirinhas e matando toneladas de peixes. A população está desde o fim de semana estocando água como pode.

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